quinta-feira, 30 de junho de 2011


        Tsunami

                              dedicado aos que desconhecem a força da Mãe Natureza

   
 A água tranquila, o seu fluxo natural,
     sob o céu do oriente
como se tocada por mão desproporcional,
    muda-se em fúria pungente.
O mar desvairado, com poder descomunal,
    (até então inocente)!
se condensa num braço hídrico, e o céu oriental
    quase toca suavemente.
Corre, freme...faminta torrente infernal;
    que desastre iminenente,
poderia saciar sua fome sobrenatural
    sob esse céu do oriente?!
Até que faz numa praia o seu porto final
    e o seu ódio renitente
faz de um paraíso o seu juizo final
    sobre a areia ardente.
Sua água inconsiente desconhece coisa ou animal
    e resume simplismente
tudo aquilo numa imagem surreal,
    enquanto em displicente
dança, leva criança,homem ou vegetal.
    Sob o céu do oriente,
na areia, peito luzente ao céu estival,
    peixe é como fosse gente.

Adilson Hilário

Nenhum comentário:

Postar um comentário