quarta-feira, 7 de setembro de 2011


A Noite

                                              Para vivi

Desliza no céu noturno a clara lua,
Reluz no ermo espaço a solitária estrela.
Defronte a fechada janela flutua
A esperança nos olhos dele em revê-la.

Já vai alta a noite e a cena continua....
Já não é mais solitária a tal estrela.
Tenta em prantos o poeta a convencê-la,
- Que sua amada, venha em  breve, ver a lua!

Da noite a luz última varre a rua
Calam-se as noturnas vozes...amanhece...
Doura num céu alegre a manhã discreta!

Vazia está a janela, cansada está a lua,
Que pálida e triste em soluços tece
Lágrimas de prata nos ombros do poeta

(Adilson Hilário)