A Noite
Para vivi
Desliza no céu noturno a clara lua,
Reluz no ermo espaço a solitária estrela.
Defronte a fechada janela flutua
A esperança nos olhos dele em revê-la.
Já vai alta a noite e a cena continua....
Já não é mais solitária a tal estrela.
Tenta em prantos o poeta a convencê-la,
- Que sua amada, venha em breve, ver a lua!
Da noite a luz última varre a rua
Calam-se as noturnas vozes...amanhece...
Doura num céu alegre a manhã discreta!
Vazia está a janela, cansada está a lua,
Que pálida e triste em soluços tece
Lágrimas de prata nos ombros do poeta
(Adilson Hilário)