segunda-feira, 30 de abril de 2012



Soneto A Morfeu



                                                                                                  





Morfeu, Deus do sono e da noite imperiosa,

Venho vos fazer, humildemente, um pedido;

Morfeu, imperador da noite piedosa

- Trazei-a, que de amores tenho sofrido.



Sei que não é de vosso trato, e sim de Cupido

O ofício da administração amorosa;

Mas Esse anda, suponho, um pouco esquecido

Ou artífice de uma festa libidinosa.



À nobre Vênus posso pedir a intercessão,

Porém, Ela não é tão justa ao voto masculino

E tende em tudo impor sua feminina razão.



Entrego a Vós, Morfeu supremo, meu destino

- Melhor o eterno sonho com o ser amado,

Que viver só, no meu mundo despertado.







Adilson hilário