quinta-feira, 30 de junho de 2011

               A Poesia Nossa de Cada Dia

                                                                             Para Flávia


A manhã traz com a claridade do dia
O caminhão do lixo e o latido cão.
Na padaria, onde o dia principia,
As pessoas cobiçam o fresco pão.

Poucos atentaram, porém a solidão
Do padeiro que rasgou a madrugada fria
Trabalhando o mais sagrado grão
Para o  pão nosso de cada dia.

Assim, como o padeiro, o poeta também
Trabalha à madrugada no abandono
No seu ofício de poesia...ébrio de sono,

Suor no rosto...povoado de filosofia,
Fermenta o lívido grão de poesia
Que alimentará muitos...ou ninguém.


(Adilson Hilário)

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